quinta-feira, 26 de abril de 2018

Kathryn Kuhlman: A Evangelista que Cria em Milagres


Kathryn Kuhlman
A Evangelista que Cria em Milagres


Nascida em o9 de maio de 1907, em uma fazenda na cidade de Concórdia, no estado do Missouri, Estados Unidos. Kathryn Kuhlman foi uma evangelista norte americana, considerada a maior evangelista do século XX.
Kathryn era filha de descendentes alemães, luteranos que residiam em uma fazenda na área rural de Concórdia. Depois de algum tempo seu pai construiu uma casa no centro da cidade para onde se mudou com a família Kuhlman. Kathryn cresceu como uma menina brincalhona e travessa, mas aos 14 anos de idade, no ano de 1921,  participava de um culto de avivamento em uma pequena igreja na cidade, junto com sua mãe, quando o evangelista batista acabou de pregar e fez o apelo Kathryn começou a chorar com soluços fortes e a tremer, ela confessa que naquele momento não sabia dizer o que estava sentido, só depois com anos de experiencia é que ela sabia que, aquele era o toque do ESPÍRITO SANTO. Sozinha ela se levantou e caminhou até o primeiro banco da igreja aceitando a JESUS CRISTO como seu salvador pessoal. A partir desse momento a vida de Kuhlman mudou completamente.
Em 1923, com 16 anos, ela saiu de casa para se juntar a sua irmã e o cunhado, um pregador evangelista, em uma vida de itinerância.
Para sustentar-se, trabalhava lavando e passando a roupa de seu cunhado enquanto passavam por várias cidades e Estados dos EUA, pregando em sua tenda de reavivamento.
Depois que aconteceu alguns problemas entre seu cunhado e sua irmã, Kathryn decidiu separar-se deles e começar seu próprio ministério. Após um convite de um pastor em uma cidade em que sua irmã pregava Kathryn aceitou pregar e colaborar por algum tempo em uma pequena igreja missionária na cidade de Boise, Idaho.
Ela e sua amiga pianista Helen Guilliford começaram os seus ministérios nessa pequena igreja e depois foram para Pocatello, Idaho. Nessa cidade elas alugaram um antigo teatro que a muito tempo não era usado. Começaram então a pregar todos os dias da semana, muitas vezes os cultos passavam de meia-noite. Ao partirem daquela cidade, após 6 semanas de culto a frequência lotava a parte do solo do salão e mais as duas galerias que havia, mesmo em pleno inverno que enchia as ruas de gelo.
 Kathryn pregava uma mensagem simples, porém entusiasmada acerca da salvação. Seu sermão consistia em “Vocês precisam nascer de novo”. Juntando isso com a atenção que ela cedia aqueles que se dirigiam aqueles cultos, e os conselhos maduros de sua amiga e musicista Helen, o ministério estava crescendo de forma gigantesca.
De Pocatello, a senhorita Kuhlman em um ato de ousadia enviou a seu gerente empresarial e pregador substituto Earl F. Hewitt a Denver, no Texas para alugar um prédio para começar a fazer duas semanas de cultos de avivamento. Era a época após a grande depressão, rara era as pessoas que tinham dinheiro na América, e mais raro ainda era as igrejas encherem, as pessoas estavam desiludidas com a religião. Mesmo assim ela não se intimidou e sem nada no bolso fizeram a divulgação nas rádios da cidade, no jornal Denver Post, locaram 500 cadeiras e o maior prédio que puderam achar. A ideia deles era que iriam passar duas semanas, mas na verdade passaram cinco anos.
As pessoas que estavam desacreditadas, prostitutas, mendigos, viciados em bebidas e falidos financeiramente de Denver começaram a aparecer nos cultos. Essas almas sedentas de um refrigério encontraram no JESUS pregado pela evangelista um consolo e transformação. Então se tornaram uma igreja. Kathryn dava a atenção e o carinho de uma mãe a eles, mesmo sendo jovem. Ela criou um coral musical só para aqueles que haviam aceitado JESUS e resolvido deixar a bebida alcoólica. Aquelas pessoas começaram a prosperar mesmo em tempos difíceis e então vinham ofertar com abundancia para a obra de DEUS.
Mas Kathryn não queria ser vista como pastora, ela era uma mulher que sabia o lugar dela no Reino de DEUS e para que ela fora chamada, ganhar almas para CRISTO e deixar que os pastores cuidassem dessas almas. Então depois de 5 meses em Denver resolveu partir para outro local, mas quando anunciou que iria deixar os “membros” daquela “igreja” as pessoas clamaram para não fazer aquilo. E prometeram a ela financiar um templo maior que aquele se ela decidisse ficar. Então Kuhlman acabou ficando, e eles cumpriram a promessa, construíram um templo maior que aquele que tinha uma enorme placa na entrada “Tabernáculo Kuhlman do Reavivamento”.
Nesse tabernáculo não só Kathryn pregava, mas muitos pregadores iam com satisfação ministrar ali. As vezes em uma semana inteira de cultos ela só pregava uma vez, o resto da semana dirigia os cultos enquanto outros pregavam.
Foi nesse tempo que ela descobriu o conceito de cura divina. Porém só anos depois o Senhor a usaria para curar as multidões de enfermos.


 Mas em um momento de fragilidade K.K. (como era carinhosamente chamada a evangelista) quase se aposentou para sempre do ministério.
Ela se apaixonou por um evangelista chamado Burroughs A. Waltrip e casou com ele pouco tempo depois de o ter conhecido. O problema era que Waltrip era casado com outra mulher e tinha 2 filhos, mas mentiu para Kathryn dizendo que era divorciado e que a mulher dele o tinha o deixado, portanto ele não era culpado do acontecimento. Ela caiu nesse erro mesmo após muitos amigos a aconselharem para não fazer tal coisa. Finalmente casou-se em 1938 com 31 anos de idade.
Infelizmente por esse erro DEUS tirou dela sua graça, e ela passou 8 anos sem exercer o grandioso ministério que DEUS a deu. As pessoas descobriram o fato imediatamente e a rejeitavam nas cidades que Waltrip ia pregar. E quando ela o acompanhava ela ficava sentada atrás do púlpito chorando, pois sabia que o que tinha feito era errado, e que seria vergonhoso ela tentar pregar com essa carga de pecado nas costas.
Depois desse casamento desconcertado que durou 6 anos Kathryn tomou a decisão dolorosa de separar-se de Waltrip, no dia em que tomou essa decisão ela saiu sem destino andando pelas ruas da cidade e chorando muito sem saber o que fazer com tal situação então bradou aos céus:

"Eu disse em voz alta: Querido JESUS, renuncio a todas as coisas. Entrego tudo a ti. Toma o meu corpo. Toma o meu coração. Tudo o que sou é teu. Eu me coloco em tuas maravilhosas mãos'." (BUCKINGHAM, 2005, p. 67)

Ela morreu emocionalmente naquele dia, destruiu seu ego, se arrependeu de seus pecados e mesmo amando muito aquele único homem que tivera na vida até aquele momento, e o único homem que teve em sua vida toda, decidiu terminar aquele relacionamento.
Quando Kuhlman comunicou Waltrip de sua decisão, ele sabendo que o peso da justiça de DEUS era muito grande sobre eles por causa da mentira que estavam vivendo, não rejeitou seu pedido de separação.
Então 3 dias depois K.K. foi embora daquela cidade de Los Angeles deixando Waltrip em uma despedida dramática e até aonde seus amigos íntimos sabem, e até seu biografo pessoal em que ela confidenciava segredos íntimos que não contara a ninguém, este ex-casal nunca mais se falaram.
Depois disso Kathryn bateu em muitas portas tentando exercer seu ministério e pregar o evangelho. Foi muito rejeitada, pela história de seu pecado que ainda estava quente na cabeça das pessoas. Mas como ela tinha se arrependido de verdade do que cometera com aquele homem, DEUS a perdoou e a abençoou com um ministério ainda maior que o anterior.
Aos poucos alguns pastores que já tinham visto Kathryn pregar começaram a dar oportunidades a ela, mas infelizmente repórteres de jornais impressos e da rádio ao pesquisar a vida da evangelista descobriam o seu erro passado e então divulgavam de forma cruel a cidade em que ela estava, o que a obrigava a sair dali o mais rápido possível.
Ela voltou para Franklin, na Pensilvânia, uma cidade com cerca de 10 mil habitantes perto de Pittsburgh e então ligou para um homem de DEUS chamado Matthew J. Maloney, que havia a conhecido no passado e ansiava para que ela voltasse a cidade para pregar em seu templo. Maloney aceitou que ela pregasse ali. Então as suas reuniões começaram a lotar novamente. Neste templo em que ela pregava a frequência regularmente começou a ser de 1500 pessoas. Neste período ela também comprou um horário na rádio da cidade vizinha qual todos os dias se dirigia para pregar através das ondas sonoras.
Nessas reuniões, Kathryn Kuhlman raramente orava pelos enfermos, mesmo sendo uma evangelista que já era amplamente reconhecida pela rádio e milhares de pessoas participando de cultos. Quando ela orava poucas pessoas eram curadas. Mesmo assim ela se interessava pela cura divina, o que a levou a ir em um culto de curas e milagres, mas se decepcionou com o que viu. Era um pregador de cura famoso que iria pregar em uma cidade próxima a que morava. Ao chegar a reunião o que viu foi infelizmente muita gritaria por parte do pregador, as pessoas recebiam um número de ordem para receber a oração e além disso o pregador dizia que aqueles que não receberam a cura foi por culpa delas mesmo, por sua falta de fé. Isso deixou Kathryn muito triste, o que levou a chorar muito quando chegou em seu apartamento. Ela cria em um DEUS misericordioso que não dependia seus milagres apenas pela fé dos doentes, mas curava pela sua graça.
Apesar daquilo ela não desistiu e continuou a buscar a verdade na Palavra de DEUS, certa vez ela falou:

"Quando JESUS morreu na cruz e exclamou: 'Está consumado', Ele não só morreu por nossos pecados, mas por nossas enfermidades também", ela me disse. "Precisei de vários meses para perceber isso, pois não havia sido ensinada de que havia cura para o corpo na redenção de CRISTO. Mas então li em Isaías que 'ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades e pelas suas feridas fomos curados'. Não tive outra escolha senão aceitar que JESUS morreu não só para abrir o caminho que leva ao céu, mas para prover cura também.”
"Eu sabia que se vivesse e morresse, e nunca visse um único milagre de cura como os apóstolos experimentaram no livro de Atos, isso não mudaria a Palavra de DEUS", disse Kathryn. "Foi DEUS quem afirmou. Ele proveu-nos isso em nossa redenção no Calvário. Embora eu não tivesse visto com meus olhos terrenos, isso não muda o fato de que foi  assim." (BUCKINGHAM, 2005, p. 76)

Em um domingo, mais precisamente em 27 de abril de 1947, Kathryn iniciou uma série de ensinos sobre o ESPÍRITO SANTO.
Kathryn resolveu pregar acerca do Terceira Pessoa da Trindade: o ESPÍRITO SANTO. Até ela ficou impressionada com a sua ministração pois foi uma revelação a ela na noite em que pregou, tanto que voltou seu apartamento alugado e não conseguiu dormir, ficou orando e lendo a Bíblia entusiasmada com aquela palavra.
Então algo inesperado ocorreu. Na noite seguinte quando subiu ao púlpito para pregar, uma senhora de uns 50 anos se dirigiu a ela e falou baixinho ao seu ouvido que havia sido curada de um tumor na noite anterior quando Kathryn pregava. Kuhlman nem acreditou e perguntou: “-Como você sabe?”. A mulher respondeu que foi pela manhã em seu médico, pois havia sentido o poder percorrer seu corpo no culto, e pediu um novo exame. Então ficou constatado que o tumor sumira.
A evangelista ficou impressionada, ela não havia imposto as mãos sobre ninguém e não tinha orado por cura, o milagre simplesmente ocorreu enquanto ela pregava.
No domingo seguinte outro milagre impressionante ocorreu, um homem cego de um olho foi curado enquanto Kathryn pregava. A partir daí o ministério de cura dela tinha iniciado.
  

No ano seguinte (1948), Kathryn visitou as instalações do Carnegie Hall, um auditório famoso de Pittsburgh, na Pensilvânia. Ela o alugou, e o primeiro culto foi realizado em uma tarde de 4 de julho de 1948. O prédio lotou de tal maneira que tiveram que realizar outro culto à noite que também estourou sua capacidade.
Desde o primeiro dia, os cultos no Carnegie Hall foram repletos de milagres de curas. Como o número de curas milagrosas começaram a aumentar de forma especial nos cultos organizados por Kathryn Kuhlman, os seus cultos começaram a ser conhecidos por “cultos de milagres”.
Pessoas de toda a América do Norte começaram a fazer viagens longas para assistir aquele lindo mover do ESPÍRITO SANTO, ou quem sabe ser curado de um sofrimento em seus corpos. Pais aflitos, filhos preocupados, netos esperançosos, amigos corajosos, começaram a convidar ou indicar os cultos de milagres para seus próximos doentes. Mas também nesses cultos, apareciam aqueles que tinham apenas a curiosidade para ver se era verdade tudo aquilo que ouviam, e também aqueles que queriam sentir o poder do ESPÍRITO SANTO e talvez receber aquele dom maravilhoso de cura. Foi em um desses cultos que Benny Hinn afirma ter recebido a visitação do Espirito Santo de maneira que mudou sua vida completamente. Mais tarde quando Kathryn faleceu ele foi escolhido pelos funcionários Fundação Kathryn Kuhlman para pregar em cultos especiais em homenagem ao ministério de Kuhlman.
Médicos e cientistas começaram a frequentar os cultos de milagres buscando a verdade sobre aquelas curas de canceres, tumores, escleroses, deformidades, tuberculoses e todo tipo de doença que afligia as pessoas que participavam desses cultos.
Até que Kathryn reservou a primeira fileira dos auditórios não só para os intercessores de seu ministério, mas também médicos e cientistas que analisavam as curas ali mesmo, no culto, na hora dos testemunhos.
Kuhlman não tinha medo disso, ela até fazia questão de chamar os médicos para averiguarem as pessoas se realmente tinham sido curadas. Alguns médicos tinham se tornados seus amigos, pois ficaram encantados com o que DEUS fazia por seu intermédio, esses médicos a acompanhavam em seus cultos para ajudar a identificar quais curas eram verdadeiras e falsas.
O que mais impressionava a todos aqueles que participavam desses cultos é que Kathryn Kuhlman era diferente da maioria dos pregadores de cura naquela época e até hoje. A maioria deles pregavam com a voz alta e gritante, alguns até se exibiam demais, falavam muito em dinheiro para patrocinar o ministério, muitos faziam grandes orações e precisavam impor as mãos sobre os enfermos para ver eles curados. Kathryn era o contrario disto: raramente se ouvia ela pedir algum dinheiro nos cultos, ela esperava em DEUS e Ele sempre sustentou seu trabalho. Ela as vezes pregava tão baixo que precisavam se esforçar para ouvi-la. As curas aconteciam geralmente enquanto ela ainda estava pregando. Havia pessoas que ela empunha as mãos, não para ministrar cura e sim para que a pessoa recebesse mais um toque do Espírito Santo. na hora de sua preleção exigia silêncio dos ouvintes e nem um som se ouvia no local, nem mesmo de fundo musical. Ela não permitia, na hora da pregação manifestações de barulho nem movimento dentro do templo, para ela aquilo atrapalharia o mover da glória de DEUS. As vezes essa parte do culto era tão calma que se era capaz ouvir a respiração da multidão. Ao final da sua pregação o Santo Espírito começava a comunicar a ela algumas curas que estavam acontecendo e ela dizia: “Alguém na galeria do lado direito está sendo curado de câncer, levante-se e declare sua cura!” Nesse momento os introdutores (pessoas voluntarias que Kathryn mesmo treinava, que trabalhavam como obreiros nos cultos de milagres), corriam até aqueles que começavam a ficar de pé por ter sentido o poder da cura divina correndo em seus corpos, e os incentivavam a ir no púlpito testemunhar. Os cultos duravam em média de 4 a 5 horas, mesmo assim ninguém ia embora antes de terminar, e Kathryn ficava em pé todas essas horas, não sentava para descansar nem mesmo nos últimos cultos que realizou com a idade de 67 anos.


Em um culto se era capaz de ver centenas de pessoas de cadeiras de rodas, pois eles tinham um local reservado especial nos auditórios, junto com aqueles que iam de macas hospitalares. Quando a parte dos milagres começava muitos deles começavam a se levantar curados glorificando a DEUS extasiados. Aqueles que por curiosidade tinham ido assistir os cultos começavam a chorar de emoção por ver tantas pessoas sendo libertas de enfermidades que já estavam destruindo seus corpos. Crianças de colo, adultos, idosos, de variadas denominações evangélicas, eram curadas naquele instante. A graça de DEUS entrava em ação!
Kathryn cada vez mais se movia cheia do ESPÍRITO SANTO, as vezes quando estava ministrando algumas pessoas caiam no chão, amortecidas pela unção do ESPÍRITO SANTO. Muitas vezes Kathryn nem precisava tocar na pessoa para isso acontecer. Algumas vezes não só uma pessoa caia de cada vez, as vezes esse fenômeno acontecia com muitas pessoas ao mesmo tempo. Como relata o biografo dela:

Uma vez, no Carnegie Hall, em Pittsburgh, uma mulher levantou-se em uma das galerias laterais para declarar uma cura. Muitos outros à sua volta, que a conheciam e vinham orando por ela, se levantaram para se regozijarem quando ela tirou um aparelho da perna e o segurou no alto. Kathryn foi à frente da plataforma e disse: "O poder de DEUS está por toda esta galeria".
No mesmo instante, quase 30 pessoas caíram para trás nas cadeiras. Eu estava no térreo e prendi o fôlego, esperando para ver se alguém tombaria para a frente e cairia da galeria nas cadeiras lá embaixo. Mas não houve danos. Na realidade, por todo o ministério de Kathryn, não há registro de alguém que caíra sob o poder tivesse se machucado na queda. Ao contrário, muitos foram curados de males terríveis. (BUCKINGHAM, 2005, p. 159)

Isto aconteceu milhares de vezes em seu ministério. Em Miami, Flórida, ela começou passando pelo coro para orar por aqueles quem ela podia tocar, quase 400 pessoas caíram ao chão. Isto fazia parte do ministério dela e até religiosos e descrentes que duvidavam que aquilo era sobrenatural, acabavam caindo sob o poder do ESPÍRITO SANTO que estava passeando nos cultos de milagres.
Os cultos no Carnegie ficaram mais frequentes e os jornais de Pittsburgh (não cristãos) relatavam muitos dos milagres que aconteciam. Na mesma época ela se mudou para Pittsburgh, expandiu seu programa na rádio de meia hora para outras cidades e também começou a pregar em muitas cidades vizinhas. Foi convidada para pregar em outros Estados do país em templos que comportavam 15 mil pessoas e esses cultos geralmente eram feitos pela manhã. Mas as 4 ou 5 horas da manhã os locais de cultos já estavam lotados, mesmo que estivesse muito frio as pessoas ficavam no meio da rua esperando o culto das 8:00 da manhã começar.
Milhares de milagres impressionantes começaram a acontecer nesses cultos, não só curas físicas de enfermidades e deformações, mas também dons e curas espirituais sendo distribuídos. E aquilo que Kuhlman mais valorizava, a salvação de muitas almas famintas por JESUS CRISTO.
A partir disto Kathryn ficou mais conhecida pelos EUA, havia muitos convites para pregar, ela não aceitava todos. Era criteriosa quanto ao ir em outro lugar pregar, esperava a resposta de DEUS quanto a isso. Ao ser convidada para pregar em um culto da ADHONEP (Associação dos Homens de Negócios do Evangelho Pleno), não aceitou de primeira. Apenas 3 meses depois e vários convites ela aceitou e ministrou na Convenção Regional da ADHONEP em Washington, a partir deste momento ela pregou frequentemente nessas reuniões. 
Isso não era soberba. Kathryn quando jovem passou a maior parte de sua vida andando de cidade em cidade a pregar o Evangelho, mas agora ela tinha um ministério qual alcançava milhões de pessoas, o tempo era curto para tudo e ela tinha que saber a direção do ESPÍRITO.
Porém, Kathryn também expandiu a sua obra para o outro lado dos EUA, ela fez um contrato de aluguel com o Shrine Auditorium em Los Angeles, Califórnia. Ela dividiu os seus principais cultos de milagres entre o Shrine Auditorium e o Carnegie Hall até o dia de sua partida.
Ela montou a Fundação Kathryn Kuhlman em um prédio no centro de Pittsburgh. Colocou alguns funcionários ali, que geralmente era pessoas fiéis que a seguiam e colaboravam em seu ministério por anos. Eles cuidavam das cartas que ela recebia (ela era a 2º maior recebedora de cartas dos Estados Unidos) e também das doações que os fiéis faziam. Com essas doações a Fundação patrocinou a construção de 20 igrejas no exterior, além de outros projetos missionários nos EUA e ajudava missionários internacionais.
Kathryn sempre pensou grande. Vendo o crescimento da popularidade das televisões, fechou um contrato com a grande rede de televisão chamada CBS, e no percurso de 10 anos ela gravou 500 programas, o que foi a maior série de programas de duração de 30 minutos que a CBS já gravou.
Através disso ficou conhecida no mundo todo, até ganhar o título de mulher evangelista mais conhecida do século XX.
 Kuhlman só fazia o melhor para DEUS, era muito organizada sempre priorizava o melhor material impresso, o melhor engenheiro de rádio de Pittsburgh, o melhor produtor de televisão para dirigir seu programa (qual tinha trabalhado 14 aos para a organização de Billy Graham), a melhor rede de televisão, o melhor pianista, o melhor cantor, os melhores músicos para seus cultos e etc. 
A música era uma parte importante de seus cultos. E as pessoas sentiam isso, ela cria totalmente no operar do ESPÍRITO SANTO. Kathryn não começava o momento de milagres antes que sentisse o poder do ESPÍRITO SANTO estava sobre ela, ela pregava até sentir a unção. Antes da pregação havia um cantor clássico, um pianista e coral imenso que cantava hinos de tocar a alma. Sua música favorita era: "Tocou-me". Ela também gostava de hinos como “Qual Grande És Tu” e “Aleluia” (que por muitos anos foi o fundo musical mais usado por pregadores no Congresso dos Gideões Missionários da Última Hora).
Nos cultos havia, em espaços maiores, até 300 introdutores. Estes colhiam a oferta, levavam pessoas a frente para testemunhar, faziam a segurança, pediam silencio de pessoas que estavam fazendo barulho e etc. E essas pessoas, mesmo que fossem os seus bebês que estivessem chorando, eram convidadas a esperar ar lá fora até que as crianças parassem de chorar.

Imagem: Pittsburgh Post-Gazette

Ela era perfeccionista em tudo, ela mesma revisava seus livros, e cada uma das filmagens de seu programa antes de ir para o ar. Também tinha uma preocupação especial com a santidade de seus colaboradores, não hesitava de tirar alguém do ministério se esse(a) estivesse em rebeldia de pecado. Uma moça foi curada de forma surpreendente em uma ministração de Kuhlman, mas por ela não concertar sua vida moral a evangelista não deixou ser publicado a história de sua cura.
Kathryn, para publicar seus livros de testemunho de milagres, pediu aos colaboradores na escrita do livro que coletassem apenas os testemunhos de pessoas que tinham exames médicos comprovando que foram realmente doentes e que foram curados imediatamente ou em um tempo logo após cultos de milagres. Havia testemunhos maravilhosos de curas que não foram colocados em seus livros, por que não passaram nesses crivos. Ela não queria divulgar algo que não fosse totalmente real.
Infelizmente nem todas as pessoas que eram curadas permaneciam firmes na presença de DEUS e em obediência. Mais a obra tinha sido feita e Kathryn não desanimava. Aliás, aquilo valeria juízo para elas no Grande Trono Branco!
Apesar de ser criticada em relação ao seu ministério de cura, ela quase nunca respondia seus críticos que não acreditavam em milagres, ela apenas respondia: "-Sinto pena de quem é racional demais para crer." Ela sempre dizia: "Não sou eu quem cura. Não tenho o
poder de curar. Não tenho a virtude de curar. Não confiem em mim.
Confiem em DEUS".  Assim ela sempre glorificava a DEUS.
Não obstante, Kuhlman se compadecia muito dos enfermos que não eram curados, ela chorava muito ao falar e lembrar daqueles que não conseguiam a cura em seus cultos.  Ela cria mais do que todos que, o maior milagre que ocorria nos seus cultos era o NOVO NASCIMENTO EM CRISTO!
 Não falava quase nada de sua vida pessoal. Era muito discreta nisso. Preferia sempre estar falando dos grandes feitos de DEUS do que de si mesma. Por isso nem todas as pessoas gostavam de Kathryn, uns a amavam, outros a odiavam.
Isso não intimidava Kuhlman. Não só ela era ungida por DEUS, mas seu ministério. Isso se demonstra pelas vezes em que as fitas gravadas de seus cultos de milagres eram passadas em algumas igrejas e reuniões de oração. Há muitos relatos que muitas pessoas caiam sobre o poder do ESPÍRITO SANTO, ou eram curadas de suas enfermidades, apenas depois de assistir os cultos pela tela de uma televisão.
Jamie Buckingham um dia a perguntou: "-Por que algumas pessoas não são curadas em seus cultos de milagres? Como você explica o fato de muitos saírem dos cultos arrasados e desiludidos, enquanto outros são milagrosamente curados? Ela nunca hesitou. "— A única resposta honesta que posso dar é: não sei. Só DEUS sabe, e quem é que pode sondar a mente de DEUS?" 
Foram 28 anos de ministério de cura de Kathryn até sua viagem ao céu.  A conta da quantidade de milagres de cura que aconteceram através dessa mulher de DEUS fica em torno de 3 milhões de curas, além de milhares de vidas salvas por JESUS. Um número impressionante que ainda não visto igual por outro evangelista até os dias de hoje.
Ela tinha vários defeitos sim, mas DEUS a amava e a escolheu para a grande obra que exerceu na terra.
Muitas perseguições vindas de outros ministros e pastores, traições de próprios colaboradores feriram o coração da evangelista, contudo ela não deixou que isso atrapalhasse o serviço de DEUS, ela procurava esquecer rapidamente aquilo que acontecera e voltava a trabalhar incessantemente para ganhar almas.
O caráter de JESUS CRISTO se revelava em Kathryn, pois tendo alcançado tanta fama em seu ministério, continuava muito humilde e tratava todas pessoas como iguais e muito importantes para ela. A todos ela abraçava sem distinções e tinha amor muito grande por essas pessoas. Tanto que durante a caminhada fez e inspirou amigos que também tiveram grandes ministérios como: David Wilkerson e Nicky Cruz (do Desafio Jovem e a Cruz e o Punhal); Oral Roberts (um dos maiores tele-evangelistas americanos); Charles e Francis Hunter (grandes evangelistas de cura americanos), Rose Shakarian (esposa do fundador da ADHONEP), Benny Hinn (Bom dia Espírito Santo e evangelista mundialmente conhecido) e muitos outros.     


A vida de Kathryn Kuhlman foi e é uma inspiração para todos aqueles que querem mais do mover de DEUS em suas vidas. Uma vida de milagres e amor de JESUS CRISTO, esse é o resumo na vida dessa evangelista, que, com tanto carinho e dedicação entregou sua vida para fazer o “ide” de JESUS e pregar o evangelho com poder a tantas pessoas na terra.
Fico maravilhado e oro para que DEUS faça coisas tão grandes minha vida e de outros que o buscam, assim como ele fez na vida de Kathryn Kuhlman.
Espero que essa também seja sua oração. DEUS te abençoe!


Nascimento / Falecimento:
«09/05/1907
U20/02/1976


Influenciou / Foi influenciado:
·   Benny Hinn
·   Charles e Francis Hunter
·   David Wilkerson
·   Oral Roberts
·   Nicky Cruz


FONTES:
ARAUJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. 4º impressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
BUCKINGHAM, Jamie. Kathryn Kuhlman: uma biografia autorizada. Rio de Janeiro: Danprewan, 2005.
CRUZ, Nicky; BUCKINGHAM, Jamie. Foge, Nicky, Foge!. 6. ed. Editora Betânia, 1980
LIARDON, Roberts. Generais de Deus: os evangelistas de cura. 1. ed. Belo Horizonte: Bello Publicações, 2015.
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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

João Jonas: O Apóstolo dos Sertões

João Jonas
O Apóstolo Nordestino

                                                             Imagem: Acervo pessoal do pastor Rayfran Batista
                                                                                              
Nascido na cidade de Budapeste, capital da Hungria em 1886, na Europa Central, João Jonas foi um evangelista, pastor e missionário pioneiro da igreja Assembleia de Deus no estado do Maranhão.
A capital do seu país, Hungria, no início do século XX era já uma grande cidade, pois em 1910 já possuía 882.000 habitantes. Mesmo assim ele saiu de sua terra natal em 1924, por alguns motivos familiares. O país estava também em muitas dificuldades políticas, econômicas e de segurança após a primeira guerra mundial, o que poderia ter motivado mais ainda João Jonas migrar procurando novos horizontes.
Ao sair da Hungria pelo mar, ele e mais alguns companheiros de viagem foram identificados como fugitivos ou desertores. Então, foram amarrados para serrem lançados ao mar. Todos os que haviam sidos amarrados junto com ele foram, de fato, jogados ao mar, quanto a João Jonas, um daqueles policiais, olhou para os demais e disse: “Vamos deixar este aí vivo, ele ainda é novo”.
Do período de sua saída da Hungria até sua chegada ao Brasil em 1932 não se sabe onde Jonas viveu.
Ele veio professando a fé ortodoxa grega, mas, ao chegar em Santa Isabel do Pará, entrou em contato com a Assembleia de Deus e aceitou a Jesus Cristo como seu Salvador. Após isso foi morar em Manaus no Amazonas e no interior do Estado foi batizado nas águas. O pastor José Bezerra Cavalcante reconhecendo sua chamada lhe concedeu-lhe uma autorização para pregar, e com esta, João Jonas se dirigiu ao Estado do Maranhão.
De Manaus a Belém viajou de canoa (sim, você leu “canoa”), e dali a São Luís foi viajou a pé (sim, você leu corretamente “a pé”).  A população maranhense enfrentava, naqueles dias, o terrível problema da epidemia da Hanseníase, mesmo assim ele não se intimidou.
Nessa época a Assembleia de Deus tinha somente dois únicos pastores em todo o Estado. O desejo de Jonas era apenas servir. Não trouxe consigo nenhum título eclesiástico. Com um só desejo na alma: anunciar Jesus e ganhar vidas para o Reino de Deus. Além disso, não havia nenhuma promessa de recompensa financeira.
Ao chegar em São Luís entrou em contato com o pastor Luiz Hygino que o encaminhou, em 1933, para o interior, na região Vila de Pedro II, atual município de Dom Pedro, para iniciar suas atividades missionarias.
Lindas e gloriosas histórias deste homem de DEUS foram pesquisadas e registradas pelo pastor Rayfran Batista, de Santa Inês – MA. Algumas delas citaremos aqui.
João Jonas falava praticamente 10 idiomas devido as muitas línguas existentes nos Bálcãs, vizinho ao seu país na Europa, por causa disto muitos não acreditavam que ele era batizado no Espirito Santo, mas, de fato, ele recebera este batismo.
Os relatos do pastor Rayfran Batista nos informam que:

“João Jonas vivia em uma comunhão tão intima com Deus, muitas vezes, ao orar por uma pessoa enferma, os familiares e conhecidos do doente já esperava uma decisão imediata: ou o doente era curado, ou, então, se não fosse o plano de Deus curá-lo, o Senhor Deus o recolheria para o descanso eterno logo após a oração de João Jonas.” (SILVA, 2013, p. 13)

“As vezes sentia o Espirito Santo lhe comunicando alguma alteração, ou alguma ameaça de prejuízo ao rebanho de Cristo, ele parava tudo, mudava a sua agenda e imediato, iniciava uma nova viagem com o objetivo de ajudar espiritualmente a quem precisava ser socorrido. Algumas vezes, era o chamado de uma pequena congregação; as vezes uma família ou mesmo uma única pessoa nova na fé que estava precisando de uma oração ou de um aconselhamento espiritual.” (SILVA, 2013, p. 15)

Em 1933, o pastor João Jonas se apresentou na nova região que fora enviado pelo ministério. No primeiro culto que realizou estavam com ele os auxiliares Francisco Assis Gomes (pai do pregador e pastor Geziel Gomes), Ludgéro Bispo e outros que se tornaram grandes pastores no Maranhão e em outras partes do Brasil. Isso aconteceu no povoado de Lagoa Nova, município de Pedreiras. Nesse culto três pessoas se entregaram a Cristo, entre as quais o pastor Alcebíades Pereira Vasconcellos (que se tornou pastor presidente das Assembleia de Deus no Brasil).

Em Dom Pedro, o trabalho progrediu sob direção de Joao Jonas, onde houvera cultos que teve total de aceitação de 40 pecadores. Que atingiu logo os municípios de Codó, Caxias, Colinas e Barra do Corda. Aqueles que ele ia ganhando, logo ele ia os treinando para o evangelismo e o ministério eclesiástico. (CONDE, 2000, p.86,87, apud SILVA, 2013, p. 29)

Devido a precariedade de transporte na época João teve que andar no lombo de burro, quando não a pé, 600 quilômetros, para visitar as 15 igrejas e suas muitas congregações em 12 municípios Maranhenses.
Em 15 de novembro de 1934 foi realizada em Coroatá a primeira convenção regional do estado do Maranhão, convenção hoje conhecida como CEADEMA (Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Estado do Maranhão), onde só estavam presentes dois pastores, dois diáconos e vários auxiliares. Onde foi eleito João Jonas, como primeiro evangelista e fundador de várias igrejas neste estado.
O município de São Pedro dos Crentes era conhecido apenas como São Pedro antes da chegada de João Jonas que evangelizou ali por um bom tempo, até que, quase toda a população desse local já era crente em Jesus e então adotaram esse nome ao município.
No Maranhão Jonas, direta ou indiretamente ajudou a evangelizar 50 cidades. Codó, Carolina, Cantanhede, Grajaú, Imperatriz e São Luís são apenas algumas delas. O pioneiro não trabalhou apenas no Estado do Maranhão, viajou para ao Piauí, Bahia e também ao atual Tocantins, ganhou almas e fundou trabalhos nestes locais.
O pastor João Jonas tinha um conhecimento dado pelo Espirito de Deus, de quem seria um bom obreiro para a obra do Senhor. Em todos os registros qual ele escolheu alguém para o ministério, o escolhido deu bons frutos.
Os Dons Espirituais na vida deste homem de DEUS eram nítidos: profecias, revelações, visões, sonhos, curas divinas, discernimentos, maravilhas, fé, todos estes sinais estavam presentes em sua vida.
As vezes João tinha a revelação de algumas pessoas, quando pensavam algo mau, estava em pecado, ou, blasfemavam de DEUS perto de João. Então ele as repreendia e se DEUS mandasse as consolava depois. Certa vez ele profetizou que um povoado chamado Miritiba, qual havia várias pessoas morando, um dia se tornaria deserto e só haveria capim para gados.  Acontece que, atualmente, este local nada mais é que fazendas onde gado passeia. No dia de sua morte, no povoado de Cabeceira Bonita, João Jonas ele proferiu as seguintes palavras: “Hoje eu vou para o céu e daqui a 30 anos o pastor Tibúrcio vai também”. E assim aconteceu exatamente como falara.
Outros relatos dizem que João Jonas sempre orava chorando, tinha preocupação com a ordem no culto, e sempre que orava para as pessoas receberem o batismo no espirito Santo e sempre alguém, ou, até todos os presentes eram batizados.
Tinha um desejo ardente de alcançar um número cada vez maior de almas para Cristo. Orava muito e se preocupava com a santidade dos irmãos, fazia visitas incessantemente.
Ele enfrentava muitos obstáculos pelo caminho. Não havia estradas pavimentadas entre as cidades que percorria para auxiliar as igrejas. Neste tempo também o único meio de transporte disponível nestas regiões era a pés ou montado em animais. Isso misturado as fortes chuvas, os insetos que transmitiam doenças, os animais selvagens nas estradas e ainda algumas pessoas que acreditava que os crentes eram uma ameaça. Além disso ainda tinha espiões do governo que o perseguiam por ele ser estrangeiro europeu, imaginando que ele era alemão nazista. Tudo isto tornava mais difícil o exercício da obra missionaria de Jonas.
Mesmo sendo rico em sua terra natal, pois tinha duas fazendas na Hungria e negócios em Berlim, e também a mulher (que infelizmente o traiu) e dois filhos que deixara com ela. Ele deixou tudo para trás e se entregou a obra do Senhor incessantemente. Evangelizando onde ninguém havia ido pregar, abrindo congregações e igrejas, consagrando auxiliares e pastores que se tornaram referência no cenário cristão e etc.
Ainda há muitos testemunhos incríveis quais não estão citados neste texto. Mais aconselho todos a adquirir sua biografia para deleitar-se nas histórias sobrenaturais que aconteceram na vida deste servo do Senhor.
João Jonas foi um valente do evangelho que inspirou e vai continuar inspirando cristãos até a vinda de Jesus Cristo!

Nascimento / Falecimento:
« 1886
U 1965


Influenciou / Foi influenciado:
·   Alcebíades Pereira de Vasconcelos
·   Clímaco Bueno Aza
·   Estevam Ângelo de Souza
·   Emílio Conde
·   Francisco Assis Gomes





FONTES:
ARAUJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal. 4º impressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
SILVA,  Rayfran Batista da. João Jonas: o apóstolo dos sertões. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2013.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Argemiro Figueiró: O Missionário Destemido

Argemiro Figueiró
O Missionário Destemido
       Imagem: Editora Kurios

Nascido em Taquari no ano de 1934, no Rio Grande do Sul, Argemiro Figueiró foi um missionário brasileiro internacional.
Ele saiu de casa aos 17 anos para começar seu ministério missionário. Acabou viajando por mais de 167 países evangelizando praticamente pessoas de todos povos existentes no mundo.
Ainda no Brasil havia aprendido e quando saiu do país falava e pregava fluentemente várias línguas para ajudar em suas missões, além do português falava o inglês, espanhol e francês.
Quando jovem tocava flauta e violino na orquestra da igreja Assembleia de Deus de Porto Alegre. Dirigia o coral, testemunhava e distribuía literatura cristã para a população, principalmente quando retornava a sua cidade natal. Também trabalhou muito pelo crescimento da igreja de Porto Alegre mesmo antes de seus 17 anos de idade. Desde muito novo já liderava jovens os conduzindo a evangelizar e visitar os não crentes, novos convertidos e crentes necessitados.
Por mais de 58 anos se dedicou a pregar o evangelho a toda criatura. Este missionário pregou nos continentes Americano, Asiático, Europeu, Oceânico e o que mais trabalhou, qual estava sua base missionaria, o continente Africano. Ele levava alimentos, remédios e fazia campanhas evangelísticas para conquistar almas ao Senhor.
Argemiro se casou com Anna Figueiró, uma Sul Africana e teve vários filhos. Essa família viveu uma vida completamente dedicada a levar corações perdidos ao Reino de Deus.
Ele viajava com seu avião monomotor de pequeno porte. E quando não estava em posses deste avião ele conseguia outros pelo caminho, as vezes emprestado, as vezes doado, as vezes alugado, mas nunca deixado de voar de pais em pais para pregar as Boas Novas de Jesus. Mas se engana quem pensa que Argemiro só usava desse meio de transporte para se locomover, quando preciso ele andava a pé, a cavalo, carro, bicicleta e etc. Nos seus últimos anos de ministério como não podia mais viajar de avião por causa da idade, esse homem de Deus andava desde o Canadá indo ao México e por toda América Central e Latina dirigindo sua ambulância (batizada de Eucharistic Celebration) doada por um irmão em Cristo do Estados Unidos. Realizando mini cruzadas de evangelismo, ensinando, discipulado e batizando aqueles novos na fé.
Mesmo nesse tempo DEUS realizava muitas curas físicas e libertações de aflições pela obra de Figueiró. Ele chegava em pequenos vilarejos onde não havia igrejas e soava o sinal da ambulância, logo estava cheio de pessoas em volta pela curiosidade e então ele aproveitava para pregar o amor de DEUS (infelizmente a ambulância foi confiscada pelas autoridades).
Argemiro foi incansável por muitas vezes enfrentava autoridades religiosas, políticas e pessoas influentes de países, para poder pregar o evangelho. Era destemido e certa vez chegou a dizer que não iria sair da Nigéria antes de fazer uma cruzada, que estava sendo planejada a meses, mesmo diante da ameaça de políticos islamistas. Entre outros atos de coragem de Argemiro estão a vez em que ele precisava de um avião e avistou um do jeito que pedia a DEUS, o monomotor estava abandonado, então ele foi pedir o avião a seu dono como doação para a obra missionaria, sendo que ele não conhecia o dono do avião e este nem cristão era, no começo negou-se bravamente a entregar o avião ao missionário, mas com muitos dias de insistência deu o avião e Argemiro o concertou e o usou para voar por vários países fazendo a obra.
Ele pregou por muitas vezes em reuniões da Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno (ADHONEP), que o apoiava em suas missões.  Este trabalhava para o SENHOR evangelizando de casa em casa, em pequenos grupos, em reuniões em pequenas igrejas, juntando pessoas leigas ao evangelho em praças públicas, tudo isso por amar a mensagem da Cruz.
Também realizou cruzadas por diversos países qual passou. Nessas reuniões milhares de pessoas foram curadas de suas enfermidades físicas e emocionais, além de serem libertas de espíritos imundos.
Por um depoimento de meu tio, o pastor Leônidas Limeira, que foi uma testemunha ocular do missionário Argemiro Figueiró, entendemos o quanto este era ungido para realizar o ‘ide’ de Jesus nesta terra: “- Eu o vi em uma cruzada em Teresina no Piauí. Estava com um outro evangelista norte americano chamado Clair Hutchins, nesta cruzada havia muitos milagres e o povo ficava maravilhado, centenas de pessoas embora para suas casas empurrando suas próprias cadeiras de rodas e levando suas muletas em seus braços sem precisar se apoiar nelas. Foram 3 dias de cruzadas. No último dia uma família de pessoas abastardas financeiramente e de início descrentes ao poder de DEUS se entregaram a Jesus Cristo depois de que a matriarca da família, uma senhora da alta sociedade, mais muito doente a ponto de morrer, foi curada instantaneamente depois da oração pelos enfermos, todos os membros da família que estavam lá pularam para cima do púlpito e gritaram de felicidade entregando suas vidas ao SENHOR. Nunca vi tantos milagres na minha vida!”
Argemiro, além de ser usado por DEUS nos Dons Espirituais, não deixava também o estudo sistemático da Palavra de DEUS. Entre outros cursos, ele fez:

·   3 (três) anos de estudos teológicos por correspondência na Faculdade Biblica Central de San José (EUA)
·   1 ano completo de Estudos Bíblicos e Missões no Bible Institute of New York (EUA)
·   1 ano de estudo em Teologia Avançada e Evangelismo Missionário do Barea Bible College em Montreal (Canadá)
·    Recebeu o título de Doutor em Teologia conferido na Faculdade Teológica de São Paulo (Brasil)
·   Obteve doutorado em Divindade pela Florida Beacon Bible College de Largo, Flórida (EUA)

Este homem alcançou milhares e milhares de perdidos no mundo através do poder do Espirito Santo, dando valor a sua chamada ele se encorajou na promessa de DEUS “...eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos.” (Mt 28.20) e se lançou a ir ao mundo e pregar o evangelho a toda criatura.
Em algumas cruzadas que realizava conseguia juntar de 50 mil a 100 mil pessoas para ouvir a mensagem pregada por esse arauto do Evangelho.
Também foi interprete de muitas pregações de Morris Cerrulo no Brasil e ao redor do mundo, eles conduziram juntos 40 (quarenta) cruzadas missionarias da América até a Indonésia percorrendo vários países pregando junto. Eles tinham uma amizade muito abençoada.
Ele já ajudou a acalmar dezenas de pessoas em um avião que estava sendo sequestrado, ele rompeu pela cortina de ferro na Rússia socialista para pregar aos oprimidos pelo sistema, estava em Cuba ajudando os pastores locais quando o ditador Fidel Castro tomou o país, enfrentou bruxos e radicais religiosos, pois a vontade de arrancar as almas do caminho do inferno ardia em seu coração.
Que a história desse Arauto de DEUS possa lhe inspirar a fazer a obra d’Ele com dedicação e coragem e você possa falar como o próprio Argemiro falou: “Não há portas fechadas para o Evangelho.”





Nascimento / Falecimento:

« 1934
U 20..?

Influenciou / Influenciados:
·        Nils Taranger
·        Otto Nelson
·        Paulo Leivas Macalão
·        Nels Nelson
·        Morris Cerullo
·        Clair Hutchins
·        Gustav Norlund
·        Cesino Bernadino




Fontes:
Livro: Vendo o Invisível. Argemiro Figueiró. Rio de Janeiro: Adhonep, 1998.
Biografia de Argemiro Figueiró, site da Igreja a Esperança é Jesus, acessado em 2014.
Entrevista com o Pr. Leônidas Limeira. Cantanhede – Maranhão, 2016.

Kathryn Kuhlman: A Evangelista que Cria em Milagres

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